As Doenças Periodontais têm demonstrado ter efeitos profundos na Saúde Sistémica Geral, desempenhando um papel pernicioso em vários tipos de doenças cardiovasculares, respiratórias, endócrinas e mesmo no Cancro.
Dividem-se em dois grandes grupos – o das Gengivites e o das Periodontites. Podem também ser classificadas com base na sua extensão, gravidade e nos factores de origem (viral, fúngica, genética), sendo mais prevalente a origem bacteriana.
A Gengivite, neste caso, representa uma resposta inflamatória que ocorre pela acumulação de placa bacteriana nos dentes e no espaço sub-gengival (ou sulco gengival). É caracterizada por rubor intenso da gengiva, edema, dor e hemorragia durante a escovagem.
A Periodontite é uma resposta inflamatória à acumulação de placa bacteriana (principalmente sub-gengival), que atinge a gengiva, afectando também estruturas periodontais mais profundas como o tecido conjuntivo gengival, o ligamento periodontal e osso alveolar que suporta os dentes.
A lesão inflamatória (que inicia como Gengivite) destrói progressivamente os tecidos gengivais e a sua conexão aos dentes, resultando num aprofundamento do sulco gengival que dá origem à formação de bolsas periodontais. O ambiente térmico propício dentro das bolsas, estimula o crescimento de bactérias cada vez mais patogénicas, que vão proliferando no espaço sub-gengival da bolsa e aderindo às raízes dos dentes. Com a passagem do tempo, este ecossistema microbiano sub-gengival torna-se cada vez mais complexo e patogénico, sendo inacessível aos cuidados de higiene oral pessoais, podendo resultar na perda dos dentes.
É comum o mito de que as doenças periodontais representam infecções de baixa gravidade. No entanto, com a manipulação dos tecidos gengivais infectados, as bactérias gengivais e seus subprodutos podem penetrar a corrente sanguínea, migrando até outros Sistemas e/ou Órgãos Vitais que regulam o Organismo.
A base do Tratamento Periodontal convencional consiste em procedimentos clínicos como o desbridamento mecânico manual e/ou com ultra-sons; raspagens radiculares e tratamento cirúrgico. Na Gengivite, a remoção da placa bacteriana e do cálculo dentário reverte a resposta inflamatória e restaura a saúde dos tecidos gengivais. Na Periodontite, a terapia periodontal convencional tem como objectivo deter a progressão da destruição dos tecidos e a perda de osso alveolar. Na maioria dos pacientes, estes tratamentos contrariam a progressão da doença, alcançando-se desta forma uma Saúde Periodontal mais estável.
Alcançado este ponto de estabilidade, o paciente deve aderir a um regime de consultas frequentes, com periodicidade de três meses a um ano, dependendo das exigências individuais de cada paciente. Os procedimentos clínicos passam pela remoção mecânica de placa bacteriana (supra e sub-gengival) e cálculo dentário; e pela reavaliação do estado periodontal e das técnicas individuais para a manutenção do mesmo.
O objectivo deste regime periódico de consultas não é a cura da doença (que em muitos casos não é possível) mas sim contrariar a progressão da mesma, controlando os factores que a influenciam. O incumprimento desta terapia de manutenção tem originado, na maioria dos casos, o reaparecimento da Doença Periodontal.
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